Sempre existiu num combate constante
Com seu reflexo no espelho brilhante
Já fixado no quarto vermelho
Da cor que é dor de viver sem poder se amar
Nunca foi apresentada ao sossego
E amanheceu a vida em desespero
Quando a falta de vida já se fez presente
Na hora em que primeiro se espera o viver
Mas guarda o amor
No âmago de um peito que arde em dor
Já viu o mundo com os olhos do medo
Quando guardou sua dor em segredo
Numa redoma de vidro que corta-lhe
A alma e o peito cansados de se isolar
Se acostumou a aceitar a metade
De todo amor que merece em verdade
Sem se dar conta que só cabe a ela aceitar
O amor que ela mesma julgar merecer
Mas mesmo a sofrer
Entende que a dor também faz crescer