Biografia de Ana Carla
Desde pequena ouvia música e cantava com seu pai. Chegou a ganhar dois pianos e uma harpa infantil. A primeira canção que aprendeu a tocar foi "Asa Branca" de Luis Gonzaga.
Em 1992, Ana Carla ingressou no colégio Maria Thereza em Niterói. Neste mesmo ano, já decidida a estudar teatro pediu a sua mãe para que tentasse arrumar uma vaga em um bom curso na área. Vaga esta, última e preenchida por ela.
Seu caminho foi a Cal (Casa das Artes das Laranjeiras), no Rio de Janeiro. A prova de confronto feminina para ingresso na escola foi o monologo 'Joana', da peça Gota D' agua, de Chico Buarque e Paulo Pontes.
Ainda em 1992, partcipou da 'Moral cotidiana' de Mário de Andrade com direção de Almir Telles. Sua participação foi no coro das senhoras casadas.
Em 1993 fez teatro amador e se inscreveu num concurso de poesias promovido pelo colégio. A peça apresentada foi Flicts, A História de uma cor, de Ziraldo, e seu personagem a cor vermelho.
No concurso inscreveu duas poesias das muitas que já delicadamente pinçava em seus pequenos cadernos e blocos. O resultado foi medalha de melhor intérprete e medalha de segundo lugar na intitulada 'Marina'.
Ainda neste ano participava da montagem da peça 'Esta é a sua vida' de Carlos Carvalho com direção de Giberto Gawronski. Sua personagem era a Kate Kalil, uma modelo, manequim, cantora, bailarina e atriz, além de outros personagens que complementavam a parte figurativa da peça.
Neste mesmo ano, fez um intensivo do curso de video promovido pelo ator Jayme Periard, dentro do currículo da escola.
Ainda em 93, seu tempo, aos domingos, destinava-se a aula de dança de salão na escola de Solange Dantas.
Em mérito por seu desempenho recebeu um convite de um colega para ir a Rezende fazer uma coreografia de um bolero e dançar.
Em 1994, já na etapa final do curso profissionalizante de atores participou da peça 'Bodas de Sangue, de Garcia Lorca, com direção de Renato Icaray.
Em 1995, participou da entrega do Prêmo Shell para Teatro Brasileiro com direção Amir Haddad e colaboração do ator Pedro Cardoso.
Ainda em 1995, a Cal apresentava a turma de doze formandos no Teatro Carlos Gomes. O espetáculo era 'Esta noite se Improvisa' de Luigi Pirandello e teve a luxuosa direção cênica de Amir Haddad. Sua personagem era a nenê, filha mais nova da família 'La Crote'.
Ana já desmostrava coragem quando se permitia a semi nudez em cena e generosidade quando pela primeira vez entoou os versos traduzidos da Ópera 'Carmem' de Bizet.
"Não sei se fato, ameaça ou prece; Um elogio, seja o que for; Se é um outro que eu prefiro; Ele não sabe, mas eu o quero. O amor é uma ave rebelde, que não se pode domesticar; Não adianta chamar em vão, quando o amor responde não."
Eixo Rio-Niterói foi durante três anos consecutivos o destino dessa menina que, de ônibús em ônibús, vam e vam viajava para ter aulas de interpretação teatral, música, preparação vocal, expressão corporal, História da arte, do teatro e literatura.
Ano após ano, ela construia sua história e mais tarde viria a ser mais uma, senão una, dentre tantas cantoras e compositoras da nossa música universal.
Em 1996, ingressou na Escola de Música Villa-Lobos onde permaneceu um ano e meio. Estudou canto popular com a professora Anabel e teoria musical com Zélia.
Paralelo a isto e como complemento teve acompanhamento vocal com o Maestro Santiago Guerra.
Neste ano,houve 'no auditório Guerra Peixe' um festival de música promovido pela escola, A música defendida por Ana Carla foi 'Um só corpo'.
Do centro do Rio para o Flamengo, escola de música e casa do Maestro Guerra foi a rota de Ana Carla por um bom tempo.
Neste mesmo ano, por intermédio de um amigo, Ana ensaiou com uma banda de rock, começou a cantar em bares, fez direção cênica para a banda 'Mulheres que cantam The Beatles' em sua primeira formação e começou a esboçar suas primeiras letras e músicas.
Fez vestibular e ingressou no curso de comunicação social na Facha, Faculdades Integradas Hélio Alonso.
A leitura de bons livros e bons professores a direcionaram no trabalho que anos mais tarde viria desenvolver. Entre seus autores prediletos estão: Clarice Lispector, Augusto Dos Anjos, Tenesse Willians etc.
Seu gosto pela música brasileira é de berço e foi crescendo com o passar dos anos.
_ "Para musicar as minhas letras levei muito tempo. Precisei ouvir muito para sentir os meus pés no chão, ao menos um pouco... Me aceitar, aceitar o que estava nascendo melodicamente foi muito difícil... Eu achava que meu trabalho não seria entendido, compreendido, assimilado dentro do que ele abrange e se mostra funcional. Minha primeira música Trem da Vida trouxe um caminho, uma direção que estou seguindo até hoje. A partir desta música pude perceber que preciso, necessito da música para viver, ela é o trem da minha vida".
Em 12 de Outubro de 1999 retorna aos palcos para uma apresentação da peça 'Tita a bruxa que queria ser princesa'. Um evento promovido pelo supermercado Nando na praia de Icaraí em Niterói - RJ.
Atualmente está trabalhando numa coletânea de cds de músicas suas e para crianças. Deverão ser lançados consecutivamente, com show destinado a cada álbum. Os horários e datas serão divulgados no site da Revista música no brasil e no site Oficial Ana Carla.