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Tendinha

Amalia Rodrigues

Junto ao arco de bandeira
Há uma loja, a tendinha
De aspecto rasca e banal
Na história da bebedeira
Aquela casa velhinha
É um padrão imortal

Velha taberna
Nesta Lisboa moderna
És a tasca humilde e terna
Que mantém a tradição
Velha tendinha
És o templo da pinguinha
Dois dois brancos, da gimbrinha
Da boémia e do pifão

Noutros tempos, os fadistas
Vinham, já grossos das hortas
Pró seu balcão caturrar
Os fidalgos e, os artistas
Iam prá aí, horas mortas
Ouvir o fado e cantar

Composição: Ernesto Carlos Xavier de Magalhaes/Jose Maria Galhardo/Raul Ferrao





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