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Biografia de Almira Castilho


Almira Castilho (Olinda, 24 de agosto de 1924 — Recife, 26 de fevereiro de 2011) foi uma cantora, compositora e dançarina brasileira. Foi parceira de Jackson do Pandeiro, com quem foi casada, em composições e apresentações no rádio e no cinema.
Dançava e cantava bem, também compunha e ficou famosa exatamente pela parceria com Jackson do Pandeiro, que ela conheceu em 1952, na rádio Jornal do Commercio, onde era rádio-atriz e cantora.

Almira Castilho era professora. Iniciou sua carreira artística em 1954, participando do coro na apresentação de Sebastiana por Jackson do Pandeiro. Foi rumbeira e radioatriz na Rádio Jornal do Commercio.

Compôs músicas com Jackson do Pandeiro e com Gordurinha. Com Jackson, compôs: 1 x 1; A mulher de Aníbal; Forró em Limoeiro. Com Gordurinha, compôs: Chiclete com banana.

No cinema

No cinema, Almira Castilho participou dos seguintes filmes:

Minha Sogra É da Polícia (1958)

O Batedor de Carteiras (1958)

Aí Vem a Alegria (1960)

O Viúvo Alegre (1960)

Pequeno por Fora (1960)

Cala a Boca, Etelvina (1960)

Bom Mesmo É Carnaval (1962)

Rio à Noite (1962)

Quando, em 1954, Almira Castilho, aceitou um convite para participar do coro de Sebastiana, que seria cantada por Jackson do Pandeiro, não imaginou o quanto aquilo iria afetar sua vida. Nascida em Olinda, ex-professora, ela na época iniciaria uma promissora carreira na Rádio Jornal do Commercio como rumbeira e radioatriz.

Morena bonita, alta, corpo violão, olhos claros, descendente de espanhóis, dificilmente se poderia pensar que ela se enamorasse de Jackson do Pandeiro, um paraibano, baixinho, de físico mirrado, feio por qualquer padrão de beleza a que fosse comparado. E mais: nem era ainda famoso, estava contratado pela radio como simples pandeirista.

Porém, assim como era exímio intérprete de frevos, cocos, xotes e o que mais viesse, o paraibano era também bom de papo e, logo, ele e Almira Castilho não apenas namoravam como começaram uma das mais famosas duplas da música brasileira. Uma parceria que durou 12 anos e foi responsável por uma série invejável de sucessos que até hoje ecoam pelo Brasil afora; 1x1, A Mulher do Aníbal, Forró em Limoeiro.

Naquele mesmo ano a dupla começou a fazer apresentações. Quando viajavam ficavam em quartos separados, "Eu ainda era virgem", faz questão de ressaltar Almira, garantindo que Jackson do Pandeiro só dormiu na mesma cama em que ela depois de casados, brinca e relembra o cuidado que Jackson do Pandeiro dedicava à noiva, numa viagem que fizeram ao interior, para um show em uma vaquejada.

"Depois da apresentação nós fomos para o hotel. Quando me preparo pra dormir, avistei uma barata enorme e soltei aquele grito. Em um segundo, Jackson estava batendo na minha porta, abro e lá está ele com a maior peixeira na mão."

Recife era então terceira maior cidade do país, e com um dos maiores conglomerados de comunicação do Brasil, comandado pelo senador F. Pessoa de Queiroz, que reunia dois jornais, uma TV e várias emissoras de rádio. Isto implicava que o artista que fazia sucesso aqui tinha fama espalhada por diversas regiões da federação. Dava para inclusive viver da profissão sem deixar o Recife.

Foi exatamente a fama da dupla que fez com Almira Castilho e Jackson do Pandeiro fossem obrigados emigrar para o Rio.

Depois de se separar de Jackson, Almira Castilho viajou pela Europa, onde fez apresentações como dançarina de ritmos latinos. Casou-se com um alemão, chamado Aswin Fabere. Almira teve também destacada atuação no cinema nacional, participando de filmes como: O batedor de carteiras (1958), O viúvo alegre (1960), Cala a boca, Etelvilna (1960), e Bom mesmo é carnaval (1962), entre outros.



A cantora Almira Castilho morreu, aos 87 anos, em Recife. Há dois anos ela sofria de mal de Alzheimer, e tinha acompanhamento médico em casa. A cantora foi casada com Jackson do Pandeiro por 12 anos, entre 1955 e 1967, e compôs com ele ao menos 30 canções.