Contar estrelas, constelações,
Medir nos céus imensidões,
Faz aumentar nossa solidão.
Profetas vêm, prometem mais
Pra quem disser "Amém"
Mas tempos tão globais,
Têm seus poréns, nada virtuais.
Já se escreveu que falsos Messias
Com novas magias vamos ver.
Não há crença sem recompensa,
Nem superstições
Tornam intensas as diferenças,
incompreensões.
Jerusalém sofreu demais
Cometas de Belém não são celestiais.
Nem faltarão Sete Sinais.
De volta ao templo os vendilhões,
Prá venerar deuses bufões,
Quem desta vez sacrificarão?!
E não vão dizer
Que ninguém sabia da hipocrisia
E seu poder.
Nem ciências, inteligências
Ou loucas ambições,
Nos livraram
De incoerências
Ou imperfeições