Ô mundo bom pra se acabar!
Não que eu esteja sendo ingrato
Mas é que eu não descarto o fato
desse mundo se acabar!
Ô mundo bom pra se acabar!
E num instante juro que viro um menino
Apaixonado pela vizinha, qual finjo e discrimino
Mas toda beleza, a natureza, a incerteza, minha fraqueza
É saber que não a tive uma vez.
Mas não pode ser, que mesmo da maneira mais sutil
não a tenho nem quando eu me deito.
E minha alma fraqueja sempre que eu te vejo
Meu corpo entra em exaustão
Minha dor maior é saber que não posso estar contigo.
Se lembra daquela dança?
Lembra daquela valsa? Do zeugma daquela valsa?
Junto com aquele vazio que acompanhava
Enquanto eu na chuva me apanhava
E quem diria que no momento mais sutil
Fosse precisar de mim e eu não iria lhe estender a mão
E minha alma fraqueja sempre que eu te vejo
Meu corpo entra em exaustão
Minha dor maior é saber que não posso estar contigo.
Me diz até onde você vai
Pelo verdadeiro amor?
Você rouba, você mata, você traça e você trai
Você roda, você morre, você bebe e se desfaz
E minha alma fraqueja sempre que eu te vejo
Meu corpo entra em exaustão
Minha dor maior é saber que não posso estar contigo.
Agora me diz se você vai se esquecer daquela dança
Daquela dança! Daquela dança!
Ô mundo bom pra se acabar!