Essa virtude estrangeira, me irrita sobremaneira
Quem a teria trazido pra cá?
Só eu permaneço na aldeia
Vigiando a luta inteira das tribos
Como um chefe guardião
Sociedade cavernista
À sua vista só um um feixe se abrirá
Nascemos ou não dentro dela?
Pensando que é pássaro na selva
Descer, subir, fugir ou chegar?
Sem pisar no chão de raiz
Sem beber da fonte mais pura
Sem ver a luz mais forte do seu ser
Sociedade cavernista
À sua vista só um um feixe se abrirá
A fogueira de sonhos e cores
Rodeada de alienados
À procura do olho de Deus na caverna
Parados diante do tempo
Diante do vento em movimento
Trancado, fingindo à si mesmo pensar
Sociedade cavernista
À sua vista só um um feixe se abrirá.
Composição: Alexandre Ramos