O homem que protege a sua menina
Na beirada da esquina,
O pôr do sol da ilusão.
Disfarça e fala da mentira e acha graça
Faz promessa e desabafa
Sua vida, solidão
Homem, homem, homem industrial
Longe da sua vida social
Homem, homem, homem industrial
Conselhos de um anjo desonesto
Que intervem sem um mero afeto,
Na sua imaginação.
Não mostra a cara, da política acha graça
Mas não sai da confusão
Homem, homem, homem industrial
Longe da sua vida social
Homem, homem, homem industrial
Cansado de ser só mais um heróis
Desfaçado na fumaça
Da família industrial.
Vai pro seu trabalho todo dia com a tristeza e antipatia
Da cegues de um carnaval
Homem, homem, homem industrial
Longe da sua vida social
Homem, homem, homem industrial
Pensa que todo o seu esforço
Não vale um tostão no bolso
Pra esse povo animal
E se afoga na amargura do egoísmo,
Iludido em suicídio
Crise existencial.
Homem, homem, homem industrial
Longe da sua vida social
Homem, homem, homem industrial
Não busca sua paz espiritual.
Composição: Alexandre Ramos