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Observação

Alberto Costa

Sou um ponto tão efêmero
que da aparência um dia sai
pra compor um outro gênero
que não quebra e não cai.

Sou um ponto que parece
que desaparece
mas aparecerei na frente.
No consistente que cresce,
na adição que jamais fenece.

Não adianta fugir desse contexto.
Não há pretexto, é o irreversível, é ir.
O mais complexo, o mais centrado,
nos chama
pra o resultado, sem volta,
dessa grande soma.

Dessa vida passageira
farei parte de um TOTAL.
Dentro de uma cosmogênese.
Para a síntese,
mais síntese.......O GERAL .

Então por que não valorizar
essa efêmera passagem,
essa viagem tão linda, rumo ao TOTALIZAR,
se a aragem do novo tempo nos arrasta
para o somar, para a região mais vasta.

Não sou nuvem, nem relâmpago
que do tempo se vai.
Sou somas, sou transformação,
estou pro âmago, eis a questão.

Sou um ponto tão efêmero.....

Não faço parte desse aparente império.
Desse mistério, amplo, um instante sou.
Rumo ao mais complexo, ao mais centrado.
Não tem nexo morrer, vou pro TOTALIZADO.

Composição: Alberto Costa





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