Albert Greene, conhecido como Al Green, (Forrest City, 13 de abril de 1946) é um cantor estadunidense de gospel e soul music, de grande sucesso no início e metade dos anos setenta. Al Green é conhecido por sua bela voz, bons arranjos musicais e concertos intensos.
Al Green começou a cantar aos nove anos junto com outros três irmãos em um grupo Gospel de seu pai, o Green Brothers. O quarteto chegou a realizar excursões pelo sul dos Estados Unidos durante a década de 1950. Naquela época, a família Greene mudou-se para o Estado do Michigan. Lá, o jovem Al Green formou seu grupo de R&B, chamado Al Green and the Creations (que em 1968 seria rebatizado como Soul Mates). Em 1968, o Soul Mates alcançou o Top 5 da parada Black Singles da Billboard, com a canção "Back Up Train".
Em 1969, Green deixou a banda e seguiu carreira solo. Conheceu o produtor Willie Mitchell, de quem ficou bastante próximo. Naquele mesmo ano, foi lançado "Green is Blues", seu disco de estréia. No ano seguinte, veio o sucesso com o álbum "Al Green Gets Next to You", com destaque para a canção "Tired of Being Alone".
Já gozando de certo prestígio, Al Green lançou "Let's Stay Together", de 1972, um dos seus discos mais famosos. O LP chegou à oitava posição na parada Pop da Billboard e primeiro lugar na parada Black. A música-título ficou no topo das duas listas. Outros sucessos comerciais do cantor seriam "I'm Still in Love With You", também de 1972, e "Call Me", de 1973.
Cantor de muita popularidade, Al Green passaria por uma tragédia pessoal em 1975 envolvendo sua namorada Mary Woodson. Em outubro de 1974 após ter sua proposta para casamento recusada, Mary jogou grits (uma refeição típica do sul dos Estados Unidos, algo como de um mingau feito de milho e aveia) fervendo sobre Al, enquanto este tomava banho. O cantor teve queimaduras de segundo grau no abdome, nas costas e no braço. Após a agressão, Mary foi para um outro cômodo e se matou com uma arma de Green.
Profundamente abalado com o episódio, Al Green se converteu ao Cristianismo. Em 1976, ele já havia comprado uma igreja no Memphis e ordenado pastor da Full Gospel Tabernacle. Embora seguisse gravando R&B, as vendas de seus discos começaram a cair e cresciam as críticas sobre seu trabalho - embora os críticos musicais tivessem elogiado "The Belle Album", de 1977.
Durante uma apresentação em 1979, Green foi ferido e interpretou o acidente como uma mensagem de Deus. Assim, o cantor aproximou-se ainda mais da religião, passando a pregar e a cantar apenas música gospel. Seu primeiro álbum desta fase foi "The Lord Will Make a Way", em 1980.
De 1981 a 1989, Green gravou mais álbuns do gênero, oito deles premiados com o Grammy de "Melhor Performance Soul/Gospel". Em 1984, o diretor de cinema Robert Mugge lançou "Gospel According to Al Green", um documentário que inclui entrevistas sobre a vida do cantor e cenas dele em sua igreja.
Retorno ao R&B
Após vários anos no estilo Gospel, Green iniciou seu retorno ao R&B, com o lançamento do dueto com a cantora britânica Annie Lennox de "Put A Little Love In Your Heart" (escrita em 1968 por Jackie DeShannon), para a comédia Os Fantasmas Contra-Atacam, e a composição do hit "The Message Is Love", uma parceria com o produtor Arthur Baker.
Seu dueto de 1994 com a cantora de country music Lyle Lovett fundiu este estilo música com o R&B e lhe premiou com seu nono Grammy - pela primeira vez na categoria pop music. No ano seguinte, foi lançado "Your Heart's In Good Hands", primeiro álbum secular (não-religioso) de Green. Embora recebesse avaliações positivas da crítica musical, o CD não vendeu bem. Ainda em 1995, Green foi nomeado para o Hall da Fama do Rock and Roll.
Em 2000, Green publicou "Take Me to the River", um livro que examina sua carreira. Dois anos depois, o cantor recebeu um Grammy pelo conjunto da obra.
Em 2003, foi lançado "I Can't Stop", primeiro álbum produzido por Willie Mitchell desde 1985, e o primeiro trabalho de sucesso comercial em décadas. Em 2004, Green foi nomeado para o para o Hall da Fama da Música Gospel. Também naquele ano, a Revista Rolling Stone ranqueou Green na posição 65 na lista dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos.
Atualmente, Al Green ainda segue fazendo concertos e praticando cristianismo na Full Gospel Tabernacle. O cantor está em estúdio trabalhando para um próximo álbum.