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Fenix Kamikaze

Aécio Flávio

Quanto vale um diamante
fora do universo vigilante

Quase morto,abra seus
olhos e veja uma renascença
dolorida pronta para ser sacudida

Perseverança em jejum
sobre a fênix kamikaze

Desorganizar seus complexos
e construir cada passo sem regras

Assopre minha ferida e a deixe
chorar em silêncio simbólico

Sempre o sarcasmo contínuo
no teatro das raposas

Se distraindo olhando
para a ilusão no casulo

Em uma cama mentalizada se
deita o coágulo noturno

Sua arte evaporando em cima
de propagandas transgressivas

Nuvens em colisão, trovões órfãos
despencam sem um rumo

Essa é uma tarde sem respostas para
perguntas que não vem a luz do dia

Esvazie minhas malas e deixe
um erro abandonado dentro do carro

Na linha de montagem de teorias
Espectros dançam na sala vazia

O caminho imaginário do paraíso
é de açúcar contemplativo

Me faça descer ao abismo e
resgatar a depressão natural

Criador de crônicas acolha só
por hoje este barulho sem mãe.






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