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Biografia de Adryana Ribeiro

Adryana Ribeiro tem muitas histórias para contar, embora ainda seja bastante jovem. Em seus 16 anos de carreira, fez parte de bandas de baile, cantou na noite, gravou jingles e também estudou canto lírico durante cinco anos. Em 1995, iniciou a carreira solo, lançando dois discos dedicados ao samba - Adryana Ribeiro (95) e Em Busca Do Sol (97), que lhe renderam muitos elogios da crítica e dos colegas.

Entre 2000 e 2003, integrou-se ao projeto Adryana e a Rapaziada, grupo no qual misturou elementos de samba, rap, r&b, música romântica e pop. Após três discos nesse período, a cantora sentiu que havia chegado a hora não só de retomar a trajetória individual, como também de se dedicar de corpo e alma à sua paixão musical - o samba.

Nascia o embrião de Brilhante Raro, CD que marca a estréia dessa nova fase de Adryana Ribeiro, agora na Deckdisc. Recomeço com direito a muita personalidade, repertório escolhido a dedo e aquela voz que possui fãs ilustres.

Se isso tudo não bastasse, ainda possui beleza digna de atriz global. Tudo parece conspirar a seu favor. Para Adryana Ribeiro, Brilhante Raro equivale ao início de uma nova fase em sua carreira, um renascimento, uma verdadeira ponte rumo a novos e positivos horizontes. “O disco tem a presença forte do romantismo que o público gosta de ouvir na minha voz”, explica. “Tive a maior sorte de poder cantar samba, que é um ritmo aberto, com várias linguagens diferentes”, conta.

Saudade Vem (Carlos Colla / Nenéo), primeira faixa a chegar às programações de rádio, serve como boa amostra desse romantismo sacudido, sem cair na mesmice. O lado mais dançante fica por conta de duas composições de Xande de Pilares, do Grupo Revelação, ambas escritas em parceria com Helinho do Salgueiro: Como Era Antes e Felicidade Em Meu Viver. “O Xande tem um pé no tradicional e um pé no samba atual, algo que procuro em meu trabalho”, explica a intérprete. Serginho Meriti, um dos compositores favoritos de Adryana, assina duas canções do CD, Amar Você (parceria com Claudemir e Ricardo Moraes) e Na Veia (parceria com Claudinho Guimarães). “Devo essas músicas ao Leandro Sapucahy, co-produtor do CD ao lado de João Augusto, que as trouxe para mim. Foram dois lindos presentes”. Conhecido por seus sambas românticos com pitadas de soul, Altay Veloso comparece com Água Nos Olhos, sua estréia no repertório da cantora paulistana. Sucesso na voz de Paulo Ricardo, Dois, parceria do ex-RPM com Michael Sullivan, ressurge em releitura estilo samba romântico. Compositor, cantor, músico e ex-líder do grupo Art Popular, Leandro Lehart é o autor de Quem Ama Não Sabe Mentir. Por Que Voltou Aqui? (Zé Henrique/Deda) mostra Adryana em momento intimista, acompanhada apenas por violão. Já Brilhante Raro (Carica/Prateado), faixa que dá nome ao disco, é uma releitura gravada anteriormente pelo grupo Sensação. Tem também A Gente Dá Bandeira Demais, assinada por Chico Roque (conhecido pelos sucessos que fez para Alcione e Só pra Contrariar, entre outros) e Cacá Moraes e um samba do forrozeiro paulista Miltinho Edilberto, Jóia Rara. Gravada originalmente pelo Exaltasamba, A Carta (Délcio Luiz/Aloysio Reis) mereceu releitura diferenciada. A principal característica do disco fica por conta da voz de Adryana Ribeiro: doce, de timbre extremamente cativante, personalizado e que se encaixa feito luva em cada canção, preenchendo todos os espaços sem cair em exageros ou virtuosismos gratuitos. “Aprendi na minha carreira a dosar a voz, a fazer o simples, a não inventar demais”, comenta ela, que tem um objetivo muito claro para esse novo momento de sua vida artística: “Quero atingir um público mais maduro, formador de opinião, consolidar minha carreira”. A se levar em conta o conteúdo de Brilhante Raro, tem tudo para concretizar tal aspiração.