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Delicado

Ademilde Fonseca

Querendo um baiãozinho,

Que seja bem gostosinho,

Que seja delicadinho,

Escute com atenção,

Aqui está o baião,

Falando ao coração !




Veja,

Como ele é tão delicado,

Faz até pensar,

No amor que ficou no passado,

Eu sei,

Que o mundo inteiro, vai me dar razão.




Pois,

Levo a consolação do tal amor,

O qual alguém perdeu outrora,

Que o baião vai lembrar agora,

O nome sempre varia,

Pra uns o nome é Maria,

Glorinha, Rute ou Aurora,

A todos,

O nome é inesquecível !

Esta é a verdade,

Embora pareça incrível,

Eu provo,

Que todos vivem sempre a esconder,

Ouça,

O que o amor pode fazer !




Faz gemer assim...

Ui, ui, ui, ui, ui...

Ai, ai, ai, ai, ai...

Ninguém,

Deve esconder, muito a sua dor,

Porque,

Assim mais cresce, ainda o mal do amor,

Fingir,

Que é feliz é uma ilusão,

Só, magoa o coração,

Faça sempre assim,

Ui, ui, ui, ui, ui...

Ai, ai, ai, ai, ai...

Verás que é mais gozado,

E quando terminado,

Virá pedir outro baião !...
(bis a 1ª, 2ª e 3ª)

Composição: Waldir Azevedo





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