O que eu fiz, o que eu faço, o que eu posso fazer
Não interessa rapaz... não interessa rapaz
Quem você pensa que é pra ter o direito/dever
De vim me cobrar... de vim me cobrar

(Asiatiko)
Minha arte é nacional igual as de Romero Britto
Sou antissocial, porque não tolero bico
Seu lero lero "kicko", e você fali
Mcs falem, eu sou o que esperam de um mito

É sério o rito, e se te irrita, muda a rota
Senão edito o que cê dita na lorota
Já deu a cota de chacota de mc falso no rádio
Tô no estágio de mandá-lo em direção "penalty Baggio"

Prá bem longe do estádio, sem direito a estadia
Vou te deixar num estado que não vai te restar dia
Sou Ásia periferia, com versos a reveria
Mostro criatividade que até cego veria

Que os prego avalia, só as rima que eu marreto
E se vir de patifaria, será sempre meu marreco
Não sou metido, só na linha bato
Em mc mais demitido que Rafinha Bastos

O que eu fiz, o que eu faço, o que eu posso fazer
Não interessa rapaz... não interessa rapaz
Quem você pensa que é pra ter o direito/dever
De vim me cobrar... de vim me cobrar

Eles criticam meus razantes porque não tem asas
Não pagam as contas da minha casa e cobram igual Serasa
Estilo horário de inverno, esse tipo só atrasa
Notável que seu ódio na sua inveja se embasa

Então vaza, igual uma torneira quebrada
Na casa, que toca essa aqui é só pedrada
Mufasa, é quem reina, aqui ele não morre
Cambada, na rima chega e defasa seu corre

Eu chego pronto pro confronto, pondo um ponto final
Como disse original Mussum, falador passa mal
Não cura nem com Sonrisal, então não vem de sorrisinho
Não me criei com a tua laia de quem fuma as pedras no caminho

Não tô aqui sozinho, ainda não vou embora
E quem tá contra, afronta, aponta o dedo, eu corto o braço fora
Agora chora quem só quer nos derrubar
0800 é free, dispensa chamada a cobrar

O que eu fiz, o que eu faço, o que eu posso fazer
Não interessa rapaz... não interessa rapaz
Quem você pensa que é pra ter o direito/dever
De vim me cobrar... de vim me cobrar

Não me diga o que fazer pois só minha rima é minha senhora
Por não usar relógio, pra otário eu tô sem hora
E é só por eu presar pela qualidade sonora
Que as mina vê minha mãe e logo vem dizer "sou nora"

A boca desses vexame, a vida mesmo costura
Corcunda de Notre Dame, querendo cobrar postura
Dar pala pra falador é perda de tempo
Eu tenho o jogo nas mãos igual no jokenpo

Quanto eu valho seu farça, aqui é trabalho meu parça
Deixa eu faço, cansei de viver de migalha e sobra
Uns ganha de mão beijada, eu ganhei por mão de obra
E tem trouxa quem fala mal mas vai no show e faz a dobra

Admita o meu som chapa, tipo chá de Santo Daime
É mais que carros de luxo, é o Hiphoptimus Prime
Invejosos são pequenos, não ouço e nem posso velos
0-8-0-0, lesionando cotovelos