Pardinho formou dupla com Pardal (Gonçalo), com quem fez enorme sucesso com a trilogia o "Menino de Tábua", que bateu recordes de vendagem.
A dupla Pardinho & Pardal retratou a lenda de Antonio Marcelino - o Menino da Tábua, em forma de canção, o que acabou ajudando a popularizar a lenda até mesmo fora do Brasil.
Pouco tempo depois, no disco “Quatro Azes” de 1981 Tião Carreiro e Paraíso e Pardinho & Pardal gravaram juntos uma continuação para o sucesso com o nome de “Os Milagres do Menino da Tábua”.
A dupla conseguiu transformar a cidade de Maracaí, um lugarejo de 10 mil pessoas, no interior de São Paulo num ponto de romeiros. É que em função da músicas “O menino de Tábua”, “Os Milagres do Menino de Tábua” e “Capela do Menino de Tábua”, milhares de fiéis passaram a procurar a cidadezinha nos fim de semana em busca do menino milagroso. Mas , apesar deste relativo sucesso, Pardinho resolveu recomeçar ao lado do velho parceiro Tião Carreiro...
Gonçalo Gonçalves, o Gonçalo ou o Pardal, nasceu em Porto Feliz/SP, em 20 de março de 1937. Gonçalo teve vários parceiros. Com João Valente cantou por dez anos, de 1964 a 1974. Os dois gravaram um LP em 1971, com o nome ‘Os Reis do Bate Fundo’, ritmo musical desenvolvidos pelos dois mesmos. (Gonçalo já faleceu, mas João Valente reside em Curitiba/PR.)
Antonio Henrique de Lima, o Pardinho, nasceu em São Carlos/SP em 14 de agosto de 1932. Com 14 anos, nessa mesma cidade passou o circo "Rapa-Rapa", com quem foi embora como ajudante de montagem do espetáculo, e a noite, o dono do circo permitia que ele cantasse algumas modas. Começou cantando com o nome de Miranda.
No ano de 1956 se uniu a Zé Carreiro para concorrer em um torneio de violeiros, organizado pela rádio Tupi. A dupla venceu o festival com o cururu "Canoeiro" e recebeu um convite do compositor e diretor do setor sertanejo Teddy Vieira para gravar um LP pela Colúmbia. A partir daí, Antonio Henrique adotou o pseudônimo de Pardinho e começou a criar seus próprios sucessos.
Antônio Henrique virou "Pardinho", dono de uma primeira voz inconfundível começou a trabalhar seu próprio repertório. Lançou em disco os sucessos "Facão do Cristiano" (Dito Mineiro e Zé Carreiro) e "Boiadeiro Feliz" (Zé Carreiro e Pardinho), mas nem mesmo isso foi suficiente para manter a dupla.
Zé Carreiro voltou com o antigo parceiro e Teddy Vieira se incumbiu de encontrar alguém para substituí-lo. Foi aí que surgiu, no ano de 1954, a oportunidade de Zé Mineiro, ou melhor, José Dias Nunes ser transformado em Tião Carreiro, e ao lado de Pardinho formar uma das mais autênticas e lendárias duplas de todos os tempos, apesar dos encontros e desencontros e das idas e vindas.
Em 1959, na cidade de Maringá-PR, a dupla foi responsável pelo surgimento de um novo ritmo na história da música sertaneja. Tião Carreiro criou um ponteado diferente com a viola e Pardinho ao violão fazendo contra-tempo, que mostrado a Teddy Vieira foi dado o nome de "Pagode", uma mistura do recorte do catira (lento) com o recortado mineiro (mais expressivo).
Em 1982 Tião Carreiro & Pardinho decidiram refazer a dupla separada a alguns anos e gravaram um novo LP para comemorar.