Em março de 2004, Deus nos deu uma direção, um desafio, da convicção pessoal do nosso lugar no Corpo de Cristo, e ao mesmo tempo, exercer um propósito em prol do Reino de Deus.
Algo ardia e sempre arderá dentro de mim: “Sermos, desfrutarmos e proporcionarmos uma Igreja pura, verdadeira em seu propósito de Igreja, sem mancha nem mácula, liberta do pecado e de tudo que tenta incessantemente escravizá-la; uma Igreja RESTAURADA, não apenas reformada, mas o mais próximo possível do seu estado puro e original; uma Igreja que Jesus imaginou quando declarou que a estava estabelecendo”.
Por isso, o grito que ressoa de nossa pregação é LIBERTAÇÃO! Sim, libertação para a Igreja! Não nos referimos à libertação de demônios ou de maldições; nós cremos que o “sacrifício de Jesus é único e suficiente para nos libertar de tudo isso!”, nos referimos à parte do Corpo de Cristo que já está livre pelo sacrifício de Cristo, mas, por falta de conhecimento e instruções, ainda permanece escrava de vários hábitos pecaminosos e situações que prendem a muitos, ainda sendo parte da igreja de Jesus na face da terra.
Reportamos-nos ao evangelho de João cap. 11:1-46, onde consideramos as situações da ressurreição de Lázaro uma analogia para com a igreja contemporânea.
No v. 43 Jesus dá uma ordem, imediatamente Lázaro é ressuscitado, assim como ele pôde testemunhar essa grande obra há anos atrás, será que a Igreja não pode dar o mesmo testemunho hoje? Jesus fez o mesmo com a Igreja, nos livrou da morte, de um futuro sem a Presença Eterna d'Ele (Jo. 3:14-16; 5:24; 20:31; Rm. 2:7; 5:10; 6:23). Ele clamou em alta voz por nossas vidas, e nascemos novamente através de Seu sacrifício.
No v. 44, Lázaro sai com as mãos e os pés atados e o rosto envolto por um lenço, Jesus dá uma ordem, agora para as pessoas que estavam por perto de Lázaro: “Desatai-o e deixai-o ir”; no processo de ser completamente livre da morte, Lázaro necessitava de ser livre das ataduras que o limitava e do lenço que impedia sua visão total, observamos que as ataduras e o lenço só estavam em Lázaro por ele ter estado morto, eram uma marca da morte que ele tinha passado; hoje, muitos, junto a Igreja de Cristo, estão com os pés limitados, sem poder caminhar uma vida cristã digna do evangelho, com as mãos presas em faixas acarretando debilidades em suas obras. São ataduras feitas de práticas pecaminosas, que distanciam qualquer pessoa de Deus. Não menos sério, com lenços em seus rostos, sem visão, não enxergam o Reino e o propósito de Deus em suas vidas, e terrivelmente pior, não enxergam a Deus e nem a si mesmas. Permanecendo presas ao pecado e à falta de Luz. Essa é a pior prisão!
E o papel da Igreja? É o de assumir para si mesma a ordem de Jesus aos que rodeavam Lázaro, é de se colocar à disposição de ser um instrumento de libertação através da interdependência e da mutualidade.
Precisamos uns dos outros, dependemos uns dos outros para sermos perdoados (Jo. 20:19-23), para sermos curados (Tg. 5:16) e para vivermos uma vida cristã saudável. Jesus nos tirou da morte! Agora Ele através de Sua Igreja, do Seu Corpo místico na face da terra, realiza a retirada dessas faixas. Dependemos uns dos outros para isso!
Essa é a verdadeira liberdade; livres de pecados e de outras situações que possam impedir o saudável e maravilhoso relacionamento com Deus.
O propósito do ministério é cumprir o chamado de Deus para levar essa LIBERDADE e essa RESTAURAÇÃO à Igreja através dos dons e talentos que Ele nos deu.
Levar a mensagem da verdadeira liberdade em Cristo.
Desejamos ser, desfrutar e proporcionar uma Igreja que seja um Corpo Saudável sobre a terra.
Que o Senhor abençoe a todos nós!
Heloísa Rosa Grubert.